(In)Felicidade nas redes sociais - Parte 1/2: A posição pessimista.

Se lhe melhor apetecer veja o vídeo no meu canal: https://www.youtube.com/watch?v=D92K4LkmzoM

Seria mesmo que todas as postagens nas redes sociais estariam ligadas apenas e tão somente a comportamentos “depressivos”, infelizes ou uma exteriorização/publicidade de pessoas completamente infelizes e que usam as redes sociais para suprir um vazio ou esconder a incompletude de seus dias? Creio que não.
Primeiro não tenho como negar que de certa forma, e isso acaba nítido e diversas oportunidades, que muitas pessoas sim se super expõem talvez por algo do gênero, ou seja, querem mostrar o que não são, tentar passar um ideal de realidade que em nada se assemelha aos seus dias. Mas convenhamos também que generalizar esse comportamente também não se mostra nada acertado, pois, de contrário modo todos os que publicam nas redes seriam então infelizes e tal, inclusive aqueles que pensam desta forma: sim, já que vai generalizar, “teje” no meio!
Desta forma, essas pessoas que tentam generalizar esse comportamento como algo assintomático, como uma afecção da alma ou da consciência podemos dizer que tratam-se de “pessimistas”, ou seja, como aquelas que vem tudo sempre no lado contrário a um otimismo, e que temos aí as raízes filosóficas em Schopenhauer e em Nietzsche, mas para o assunto em questão tratamos apenas do primeiro filósofo, que vai propor uma volta a Kant.
Assim, não conhecemos a vida em si, mas apenas uma mera representação desta, ou ainda, vai dizer que a vida é um teatro, e vivemos de máscaras, fazendo interpretações da coisa em si, isto é, não podemos conhecer da coisa em si, mas apenas de como a interpretamos. Logo, o espontâneo e o irracional (representados por nossa vontade) antecedem os mecanismos a priori explicados por Kant e a racionalidade. Não entendeu e quer que eu desenhe? Ok, é a vontade de viver que manda na nossa existência, e não a razão ou outro ente metafísico/divino. Logo, a coisa em si (que não podemos apreender no processo do conhecimento, é a VONTADE que tenho da coisa, da vida...)
Objetos e coisas representadas são na verdade uma VONTADE e manifesta-se por uma força cega e natural íntima ao ser humano, e é anterior aos instrumentos a priori, e portanto antecede (causa e tempo) as representações que fazemos das coisas. Portanto é inconsciente.
Surge então a metafísica da vontade! Que é contrária a razão, pois não tem limites, gera um querer, move as nossas paixões e aspirações, e pode ser boa ou ruim. A VONTADE é pois um princípio que norteia a vida humana/animais, é o que nos move, não um Deus ou nosso entendimento!

Segundo essa corrente/pensamento, os pessimistas, que tanto se incomodam com as postagens (sejam de alegria real ou fake) deveriam seguir a risca os ensinamentos de Schopenhauer, ou seja, deveriam esquecer que as redes existem, se retirar em solidão, dedicando-se a castidade, silencio, renuncia da própria vontade de viver, e vá se dedicar a arte e a meditação budista...

(...) to be continued

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