Diário filosófico-pedagógico
DIÁRIO PEDAGÓGICO (SE NÃO FOSSE ANTES FILOSÓFICO)
Prefácio - Aos que
vierem ao mundo, depois de nós!
Sim Brecht, ainda vivemos tempos
sombrios! A arte de ensinar é aparato sofisticado ante a violência e despreparo
que nos cerca, logo, não buscar o conhecimento é como o luto constante... e
todo dia matam um conceito filosófico ou pedagógico!
Viver deve ser (bem) mais que
sonhar (e lá se vai todo ideário de vida pós morte)! Urge necessário ler, reler
e repensar os clássicos, mas não temos lá todo esse tempo ou disponibilidade
intelectiva para o 'conhece-te a ti mesmo' em meio as metas e calendário
apertado...
As poucas vozes de resistência
são roucas e incomodam a prática científica de idiotização, que enterra a arte,
a gramática, a filosofia e a literatura como se quisessem que isso nunca
houvesse. A ideia atual de iluminação brilha até cegar Kant, e traz só
incerteza e insegurança. Sobrevivemos a este inferno?
Resistir talvez seja possível
apenas aqui! Lá fora a ignorância os põe em vantagem. Lá fora somente ideologia
e escravidão... Resistencia então é reaprender a lecionar, e aqui jaz o relato
dessa (tentativa de) prática pedagógica e filosófica.
O presente diário será um
exercício e análise de competências em desenvolvimento, e reflexão sobre meu
propósito e atuação, levantamento de uma historicidade e contra o esquecimento
no futuro, como as cartas do cárcere de um Gramsci, Aloísio de Azevedo ou Mano
Brown... “Você não sabe o que é caminhar com a cabeça na mira de uma HK
(’Ágaká’?”
O blog é então minha testemunha
que aceita as palavras, e talvez a voz que me faltava em aproximar minha
atuação do meu propósito e, como em revezamento, leva para “o outro”, essas
impressões.
Então, que eu lute com Guattari e
Deleuze por uma filosofia das minorias ante ao vulto, gerando uma plebe
filosófica, sobre uma maioria massacrante e incauta. Que eu lute pela boa
prática pedagógica, sem medo de uma sentença de morte diária e coletiva, pois a
resistência é solitária e marginal, escrita por pequenos comentadores que
almejam sobreviver ao menos nas ideias e diálogos, esperando a potência
transformadora de nossa luta menor, única forma de resistência legítima nestes
tempos difíceis: o ensino significativo!
Não uso teclas ou nanquim, eu
escrevo com gotas da própria existência... proponho mais perguntas do que busco
as respostas...
Ontem eu morri, hoje eu não morro
mais!
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