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Mostrando postagens de junho, 2017

Problema epistemológico #4 - Parte 2 - Eu conheço o conhecimento?

Se quiser evitar a fadiga veja o vídeo no meu canal: https://www.youtube.com/watch?v=A-D8UqB_hak Platão tentando por ordem no pensamento anterior e dando seus pitacos, bem como tentando responder a pergunta anterior, nos dá um deus-ordenador, um demiurgo (artesão autônomo), que organiza o Caos em Cosmos, tirando de sua cabeça as ideais e dando forma para participarem do nosso mundo. Logo, existem 2 mundos, um sensível (das formas e mundano) e um inteligível (das ideias, pensado), onde o homem ora habita um enquanto alma,  e ora o outro enquanto corpo. Mas se me perguntarem, como a alma veio pro corpo que está no mundo das formas e não mais na mente de deus-artesão? Por castigo dos deuses por nosso mal comportamento. Nossa alma é uma charrete puxada por dois cavalos, um bom (razão) e um ruim (desejos) em busca da morada dos deuses, onde se a razão se descontrolar a charrete perde o rumo e desaba, restando a alma novamente na Terra até que ela (razão) aprenda a se controla...

Problema Epistemológico #4 - Eu conheço o que é o conhecimento? Parte 1

Se preferir veja o vídeo:  https://www.youtube.com/watch?v=1NSlEt2xyKg Todo mundo acaba achando, vez ou outra, que acha que sabe o que é, de onde vem ou como se chegar ao tal do conhecimento... O que já fora gnosiologia, passou pela era da filosofia da ciência e hoje temos por epistemologia, ou seja, uma ciência que estuda o conhecimento. Uma coisa importante é saber de início se o nosso conhecimento é válido ou se seu conteúdo é verdade... hum, temos aí então um problema epistemológico fundamental: O que é a verdade? Verdade vem do latim veritate, que vem do grego aletheia, que seria o “não esquecer” (letho é esquecimento), isso desde os idos de Platão nos dando uma pista da ocorrência de inatismo proveniente do orfismo mitológico (crença na reencarnação como purificação dos erros)., e que vai influenciar toda a tradição posterior a ele. Assim, existe um elo grego-platônico junto ao legado moral-religioso cristão, e que explica a formação de nossa sociedade ocidental (e ...

Problema epistemológico #3 – o “même” e o arquétipo!

Longe de soar como uma aula de psicologia Jungiana (leia-se “Yunguiana”), mas dias desses atrás me peguei pensando, “cá com meus botões”, que os “mêmes” que proliferam pela internê seriam algo muito próximo (e guardadas as devidas proporções) aos arquétipos Junguianos... bóra entender: Bem popularesco, “arquétipos” seriam ideias que trazemos dentro de nós, de modo universal e hereditário, que organizariam a bagunça que é nosso inconsciente, ou seja, eles seriam modelos de personalidade que mediariam a interpretação de nossas ideias e sua relação com a realidade. Podemos dizer que seria nossa consciência assimilando o mundo exterior (a ela), apreendido pelos sentidos, ou ainda, traduzindo-o em realidade para nosso mundo interior. Para Jung (ops, leia-se novamente “Yung”), que bebera da fonte de Kant ao tentar mesclar racionalismo e empirismo, ou seja, razão e experiência, os arquétipos seriam tentativa de explicar as estruturas da personalidade, e fariam parte de um inconsciente co...

Problema epistemológico #2

Adoro um prolegômeno: Contratualismo – teorias que tentaram justificar porque raios que nos partam vivemos em sociedade, submetendo-nos a leis, governo e banho todos os dias. Agora a gênese: a vida publitizada (adoro também quando colocam um “z” pra criar um termo modernoso ao qual já existe equivalente... #sqn) no facebook sempre nos leva a algumas considerações epistemológicas... Comparo a adesão às redes sociais a um contrato social, nos melhores termos dos contratualistas Hobbes, Locke e Rousseau, e a primeira conclusão que chego é que nós, quando adentramos a essa sociedade virtual, não concordamos apenas com a restrição de nossa liberdade, mas também abrimos mão de nossa consciência. Mesmo já superada a fase do “estado de natureza” pre-contratual, acabamos novamente por abrir mão de nossa condição humana para fazer parte do clube. “Teje” aceito! As redes sociais nalgumas vezes denotam um contrato ao melhor estilo “hobbesiano”, absoluto, embora muitos achem equivocadamente ...

Problema epistemológico #1

Prolegômeno de lei: (grosso modo) Epistemologia é estudo de “como conhecemos os gadgets*”; é uma teoria do conhecimento acerca das coisas, e isso basta para que não restemos um tanto quanto proselitistas... Longe de propor um enigma da esfinge, mas não há duvidas que o “conhece-te a ti mesmo ( e conhecerás os deuses e o universo) ” é batuta pra caramba desde muito antes de Hamlet e útil pra diminuir as idiotices que fazemos em vida. Para conhecer e entender o mundo, o outro, as coisas em si, é necessário conhecer a si mesmo: “por que eu falo assim porque eu sou assado...?” Desde Sócrates (não o do Curintcha, mas o da Grécia) se fazia necessário o questionamento das coisas, que culminaria, à partir da reflexão, com as respostas nascendo de nós mesmo... ou seja, nós temos as respostas pra quase tudo... vez ou outra alguém acerta até na loteria. Jesus disse algo muito parecido: “não há nada oculto que já não tenho sido revelado”! Bingo! Basta por a cachola pra pensar e com algum es...

O vazio da alma - a idealização como pressuposto da felicidade!

De início um prolegômeno*: em Platão a alma (eterna) esta presa ao corpo (finito), e portanto, deve se adaptar ao mesmo para “ser feliz”; ainda é dividida em 3 partes: razão (cabeça), instinto e libido (sexo). Assim, a razão deve guiar os instintos e refrear os desejos na busca da felicidade. De outra forma, Aristóteles lecionava que a alma era una e assim animava o corpo, dando-nos a vida, sensações e pensamentos, onde nosso corpo é a forma da alma. Destas concepções vieram e se desenvolveram todas as outras, desde o período medieval do cristianismo até hoje em dia... Superado essas concepções iniciais, e não importa se vocêé platônico ou aristotélico, hoje o censo comum parece buscar outros significados ou entendimentos acerca da alma, resultando de um esvaziamento dela. Senão vejamos: longe de julgar alguém ou comportamentos, é razoável indicar indícios a esse respeito, até para nosso próprio conhecimento. Ah esse facebook, cheio de exemplos ricamente em detalhes. Se partirmos ...